O ser humano não deixa de me surpreender. Quando penso que nada de novo pode acontecer, eis que me deparo em algo mais para reflectir. Talvez me centre sempre e inevitavelmente nos aspectos profundamente negativos intrinsecos a nós mesmos.
Mas sinceramente sinto-me numa estrada sem saída, e é com pena que afirmo que a maldade tem vindo a superar a bondade que eu acredito que todos temos dentro de nós, por vezes escondida, disfarçada, ou até à espera dos piores momentos para se revelar.
Se não fosse uma pessoa tão recta e firme nos meus principios e valores atrevia-me a afirmar que praticar o mal compensa. Felizmente para atenuar esta linha que por vezes só apetece mesmo transgredir acredito piamente que a justiça será feita, ainda que não no momento certo, vem sempre mais tarde e assume contornos diferentes, actua noutras áreas que não as que própriamente nós "pecamos", mas de qualquer das formas não deixa de ser gratificante e quanto a mim, serenamente esperar por ela, vê-la chegar...e poder estender a mão a quem literalmente nos tirou o tapete dos pés. É um acto tão nobre, que transpira e emana tanta superioridade que a justiça acaba de ser feita naquele momento.
Minutos, às vezes não passam de minutos, e não demora nada a voltar à normalidade, mas aquele momento aconteceu e disso não esquecemos jamais.
Entre tantos defeitos que se podem apontar ao ser humano, aquele que mais me toca e magoa é a ganância, e com este tantos outros vêm ao seu colo...As pessoas não sabem viver sem dinheiro, não é possivel, tenho consciência desse facto. Mas conseguem viver sem amigos, sem a cordealidade de uma amizade.
Essas pessoas que se julgam tão autónomas e independentes pelo peso consolador do seu bolso, não podem comprar nada que um dia realmente necessitem. É um vicio, e como todos os vicios, não passam de momentos felizes que depressa se transformam no pior dos pesadelos das nossas vidas. Do qual tentamos sair e não conseguimos, a quem vamos pedir ajuda? Aos que trocámos por uns momentos bem passados?
Acaba mesmo por acontecer no limite, resta saber se esses ainda lá estarão...
Espero que sim...Não sou vingativa.