sábado, 26 de maio de 2007

CONCERTO DAVE MATTHEWS BAND!!!!!!!!!!!!!!!!!






Ontem sem dúvida foi um dia memorável, um dia único, um dia para recordar para sempre! Não estou a exagerar, simplesmente são poucas as coisas, as pessoas, os artistas de quem realmente gosto...Dave Matthews Band é com toda a certeza um grupo recheado de génios, gigantes do palco, solam à desgarrada com um prazer que aquece qualquer público, com um feeling que nos faz levantar e dançar até não podermos mais, que nos obriga a bater palmas até as mãos ficarem dormentes, que nos faz gritar até ficarmos roucos e que...e que até nos faz chorar.
Quando somos presenteados com músicos deste género, que prolongam até à exaustão dos nossos ouvidos e mentes melodias harmoniosas que terminariamos após três cinco minutos, apetece sorrir, faz-nos repensar nas bandas que andamos a ouvir ultimamente, ou nas músicas que diáriamente nos entram e ficam sem sabermos muito bem porquê, como uma espécie de droga, uma espécie de mistura quimica preparada ao milímetro para nos sugar e despersonalizar. Uma música pensada para nós, mas que não sai do coração dos artistas, dos músicos.
Comparo a música a um gato...são os gatos que escolhem os seus donos e não o contrário. E é assim que deve ser na música, não é um doce feito propositadamente para determinadas pessoas, é um doce que foi feito porque o adoramos, porque nos deu imenso prazer a fazer, independentemente das pessoas gostarem ou não dele, isso é um mal menor.
E se olharmos para trás, para aqueles que vieram revolucionar a música, para os rebeldes, rebeldia na verdadeira acepção da palavra, esses tocavam, cantavam o que lhes desse na real gana! E é isso que eu gosto nas pessoas. Personalidade. Carácter. Lutar por aquilo que acreditamos até ao fim, por mais portas que se fechem, por mais portas que nunca se abram.

Um grande APLAUSO a DMB!

Um grande APLAUSO a todo o público que ontem no Pavilhão Atlântico (Lisboa) assistiu a este inesquecível concerto!


Se não conhecem é urgente ouvirem. E lembrem-se que o que tem realmente qualidade não se costuma gostar à primeira. É como um bom vinho, tem que amadurecer :)

domingo, 20 de maio de 2007

CASA DE MADEIRA...


Estou com sono, diria mesmo que já estou adormecida, dormente. Mas juntamente com essa dormência, com esse estado de passagem, de quase delírio, não consigo deixar de pensar no que ou outros estarão a fazer neste momento, o que estarão a pensar e se simplesmente estão em casa, prontos para fechar os olhos...em vão, temo que não vá sonhar com o que sonho de olhos bem abertos.
Gosto de sonhar, não luto por todos os meus sonhos, alguns implicariam deixar de ser eu, para além de a linha entre um sonho e um pesadelo é demasiado ténue, mas desta vez um pesadelo real, que não se fica na ângustia de angustiar, de nos deixar felizes por acordar.
Mesmo tendo certezas de que um dia não terei nada disto...
Gostava de ter uma casa de madeira, compartimentos grandes tornados pequenos pelo aconchego dos sofás, das almofadas, da lareira quente, do cheiro a café acabado de fazer, dos livros que vão a meio, dos filmes em capas trocadas, de maços de tabaco econtrados ao acaso...
Essa casa de madeira teria de ter janelas grandes, que deixassem as cortinas claras deixar entrar o sol numa luminosidade quente e relaxante...
Estou de pijama, roupa interior, roupão...simplesmente não estou vestida e os cabelos não se sentem nem no pescoço, nem na cara...abro a porta e sento-me na velha cadeira-baloiço que está sempre no gigante alpendre, quer chova quer faça sol.
Olho atentamente o lago que está bem à minha frente, tão presente que quase o sinto a tocar nos pés...
Escrevo no meu portátil aquilo que me vem à cabeça, sem objectivos nem compromissos...desligo os telemóveis, aviso a minha mãe desse facto, para não se preocupar, e vou nadar...mergulho e afogo-me nas águas límpidas que dão vontade de abraçar e de ali ficar para o resto das nossas vidas.
Serenidade, paz...silêncio escolhido por mim...Era o que eu mais gostava...
Vou agora fechar os olhos na esperança de dar continuidade a um sonho tão bonito...

sábado, 12 de maio de 2007

IDEIAS...


Passam-se dias de introspecção, mais noites, noites sem dormir gastas de tanto pensar, exaustivas de tanto rebolar na cama que parece não oferecer o conforto que procuramos e procuramos e não encontramos nunca, naquela noite pelo menos não, e as seguintes também não são diferentes.
Passeamo-nos pela rua com um propósito esquecido, ainda que os nossos pés mecanicamente se encaminhem para o lado, para o sítio combinado, previsto. Vamo-nos lembrado do que temos de fazer através das várias interrupções feitas pelas pessoas alheias, alheias à nossa mente, à nossa imaginação que voa desenfreadamente tentando contornar obstáculos típicos de qualquer sonho.
Impossibilidades que se vão tornando em possibilidades cada vez mais reais, é quando esboçamos um sorriso descontextualizado, que por sinal toca nos outros de maneira imperceptível, mas toca, ao ponto de provocar outro e outro, talvez uma gargalhada surja no meio de uma conversa que já fugiu ao tema, que se deslocou no tempo e por isso se tornou em algo de interessante. Porque o convencional é aborrecido até mesmo para os aborrecidos.
Os problemas, na hora do jantar, depois de um telefonema, depois de um pezinho de dança às escondidas, depois de um ou vários cigarros fumados ou desperdiçados, simplificam-se. A impaciência trata de reduzir o máximo ao mínimo e quase que se faz luz.
Mas a caminhada é longa, morosa e cheia de dissabores.
Não sabemos com quem falar, ainda nada está estruturado, não faz sentido, vai desmotivar sem ainda sequer ter motivado. Porque as pessoas se desmotivam com rabiscos e motivam-se ao aperceberem-se que esses rabiscos são tão somente os seus rostos desenhados por alguém com uma perspectiva superior à nossa, ou não, para fazer rabiscos...
Sentamo-nos à frente destas teclas e escrevemos um fio, que não tem meio nem fim, tem apenas um começo mal delineado e passível de ser alterado se entretanto nos lembrarmos de um bom meio ou de um bom fim. Quantas vezes não se escreve um livro, por exemplo, unica e exclusivamente tendo em conta o fim que queremso ler, às vezes são as dez páginas do livro entre as duzentas a que se pode chamar livro. Porque as pessoas gostam de empunhar calhamaços e gostam de ler letras moídas de tão mastigadas e previsíveis de um fim que se anuncia e por vezes nem sequer é lido. O leitor não leu portanto o livro.
Ouvimos músicas e vemos filmes que nos inspirem, na aspiração de ter uma ideia melhor ou parecida mas que aplicada noutra área pode surtir efeito.
Nada...Nada...
Resolvemos parar e normalmente nestas alturas surge alguém com uma ideia que a poderiamos ter posto em prática já há muito, mas não pusemos porque procurámos demasiado, desacreditámos na simpicidade das coisas. Agora voltamos a acreditar, mas não conseguimos chegar até à simplicidade, ao simples.
Desmotivamos e começamos a achar que afinal pertencemos à plateia e com um bocadinho de sorte talvez possamos opinar.
Quando tudo está esquecido e a mágoa de nos sentirmos fracassados se instala, surge a ideia, a tal, com toda a clareza, leveza e luminosidade.
É preciso arranjar forças, convencer outros tantos a tê-las e subir ao palco.
Os aplausos ecoam pelo espaço, nós fazemos a vénia. Uma vénia sincera. O grande momento de sinceridade e de verdadeiro agradecimento.
A adrenalina sobe e não nos deixa dormir. Queremos mais! Queremos mais aplausos! Queremos mais ideias que nos torturem e nos sufoquem e nos façam parecer alienados do que nos rodeia! Queremos ter a ideia de termos uma ideia! É essa a ideia fundamental.

domingo, 6 de maio de 2007

JORGE PALMA


Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
chega a onde tu quiseres mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada para andar a gente não vai parar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar a gente vai continuar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo


Jorge Palma