domingo, 29 de junho de 2008

ERA ESTA...

Era esta a música que silenciosamente e só para mim cantava de manhã. Foi ao som dela que timidamente os meus pés dançavam colados na parede.

Era esta Ba.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

ROMEU E JULIETA

Silêncio porque sim.

Silêncio é a banda sonora que nos acompanha desde o ínicio e não nos abandonará nunca no fim.

Silêncio confirmador absoluto de palavras soltas.

Silêncio reafirmante de memórias presentes.

Silêncio tocado, silêncio sentido, silêncio falado, silêncio partilhado, silêncio até ao fim.

Silêncio porque sim.

Nada no meio. Transparência no meio. Talvez seja apenas e tão somente um vidro que nos separa de tantas coisas alcançaveis, que já vimos, que já imaginámos.

Basta partir o vidro. Simples parece. Até um simples vidro frágil, transparente se pode tornar na parede mais difícil de transpôr. Mas nunca ninguém diz impossível. Há e haverá para todo o sempre a possibilidade.

Afinal tudo e todos dependem unica e exclusivamente de nós e dos nossos vidros partidos, estilhaçados, inexistentes. Só temos é de querer fazer alguma coisa com eles. É mais fácil mantê-los, mantê-los limpos, mas não é o que dá sabor à vida.

E o que eu quero da vida, mais do que nunca é saboreá-la. BA.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

GOSTO....SERENAMENTE

Serenamente ouço a tua voz, parece vir do fundo, mas vem de mais longe ainda, vem de dentro, das profundezas em que a tua alma se estende. Grandiosa.

Serenamente sorrio, sem pressas e sem medo que o sorriso termine...quando os lábios se tentam fechar, são obrigados a esboçar de novo um outro sorriso, ou uma gargalhada...porque sim, porque me fazes rir, sorrir...sempre...

Serenamente deixo que os meus olhos se fechem e contemplem o toque. Pensamentos vazios dos mais enriquecedores e quentes para a minha alma que já alguma vez tive preenchem a minha mente, que não raciocina por momentos, que não equaciona...apenas se deixa levar e se transcende.

Serenamente aprecio...aprecio o belo. Os pormenores tão pequenos e discretos que fazem de ti uma pessoa tão mágica. Mãos de mágico. Tocas em tudo com mistério e amor, e fazes-me sorrir novamente.

Vou caminhar, correr, sentir, tocar...fazer tudo, o tudo que quero fazer serenamente, apenas para não perder nada, uma única viagem, um simples devaneio, uma simples palavra tantas vezes quase que imperceptível...nada que a expressão facial não desvende a uma rapidez aliciante e alucianante.

Continuando...O texto Gosto... no meu, teu caderno preto, Ba!

CSI...:)

Vamo-nos rir um bocadinho, boas Ba?

Sabe tão bem rir de nós, rir dos outros (no bom sentido)...Sabe tão bem rir!!!

domingo, 8 de junho de 2008

BY


Escrever sem escrever.
Escrever sem falar...sem dizer nada...dizendo tudo, escrevendo tudo até ao mais infimo pormenor, porque é neles que está a tua magia, o teu encanto, o nosso mundo, tão pequeno e tão grande, tão longe e tão perto...afinal sempre esteve ali, afinal sempre esteve assim.
Rimos nos mesmos momentos, angustiámos ao mesmo tempo, lutámos sempre que o tivemos de fazer, culpámo-nos e chorámos no nosso canto, um canto pequeno no qual não parecia caber mais ninguém, um canto que depressa se iria expandir de tanto lá vivermos, um canto que já era o teu, que já era o meu e solitáriamente faziamos par a par e passo a passo as mesmas rotinas.
Imagino dois acordares, dois dias, um de cada um de nós, duas noites, uma de cada um de nós, um tentar adormecer, um conter de lágrimas...sempre em simultâneo, até na tristeza a harmonia nos uniu.
No desalento e na fraca esperança que temos em nós mesmos, nos juntámos... Coincidência?"Acaso"?Destino? O mundo a querer mostrar alguma coisa, a querer-nos acordar da dormência em que paralisámos já faz tempo, a querer-nos fazer ouvir na surdez desesperante as mesmas palavras sempre e todos os dias, a querer abrir os nossos corações grandes, mas desaprendidos, desejosos de amar, possuidores de um medo ofuscante que nos faz párar...
Em cada tristeza, em cada lágrima está um sorriso, mais forte que qualquer dor. Apenas temos que aprender a soltá-lo e a deixá-lo fluir na inevitabilidade de querermos estar.