segunda-feira, 23 de junho de 2008

ROMEU E JULIETA

Silêncio porque sim.

Silêncio é a banda sonora que nos acompanha desde o ínicio e não nos abandonará nunca no fim.

Silêncio confirmador absoluto de palavras soltas.

Silêncio reafirmante de memórias presentes.

Silêncio tocado, silêncio sentido, silêncio falado, silêncio partilhado, silêncio até ao fim.

Silêncio porque sim.

Nada no meio. Transparência no meio. Talvez seja apenas e tão somente um vidro que nos separa de tantas coisas alcançaveis, que já vimos, que já imaginámos.

Basta partir o vidro. Simples parece. Até um simples vidro frágil, transparente se pode tornar na parede mais difícil de transpôr. Mas nunca ninguém diz impossível. Há e haverá para todo o sempre a possibilidade.

Afinal tudo e todos dependem unica e exclusivamente de nós e dos nossos vidros partidos, estilhaçados, inexistentes. Só temos é de querer fazer alguma coisa com eles. É mais fácil mantê-los, mantê-los limpos, mas não é o que dá sabor à vida.

E o que eu quero da vida, mais do que nunca é saboreá-la. BA.

1 comentário:

zé pinho disse...

afinal, o que era vazio, tornou-se cheio…