quinta-feira, 23 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Porque não conheço ninguém que não se lembre desta música, que não a saiba cantar...

Porque quero que todos os corações cantem, alto e bom som, com garra, para depois sorrirem

Canta!

terça-feira, 14 de abril de 2009

ME


Ideias não idealizadas, insanas com a força do poder do sentimento percorrem ruas e ruelas dos nossos corpos, quentes, frios, gelados de tanta energia que nos consome e foge no momento em que queremos a força do mundo, a nossa força.
Posições inquietantes, serenas e amadas, nervosas de tanto chorar, molhadas de tanto sorrir, rir...gargalhadas de memórias, cócegas do agora.
E eu nunca estou cansada...
E eu nunca vou para dentro...
E eu nunca me guardo...
E eu corro, grito e abano, agito, agito-me, agitas-me sempre.
Luares partilhados em fotos que vejo na escuridão da noite que faz no meu quarto, é de noite lá quando me deito e espreito pela janela, e vejo-me ao lado, numa estrela, sou ela...pequenina, luminosa...gosto de pensar que sou ela e de imaginar as conversas que teria com a lua, contar os beijos apaixonados que se deslumbram por este mundo fora...ver as lágrimas sem chorar e poder com suavidade limpar a cara de quem sofre.
Luta, luta, luta, luta. LUTA é a minha vida! Já houve dias em que pensei não ter nada, outros que pensei ter tudo, outros tantos em que não me importei com nada disso e apenas gozei...andei e levei para a frente o que era e não era para ser levado.
Hoje estou aqui e é só o que consigo afirmar.
Conservo valores e encanto-me com a beleza de tal proeza.
Sou eu sempre.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

NÓS


Trocámos palavras escritas de uma densidade que vai para além do profundo, uma densidade cheia de dor e um anseio absolutamente gigante de sobreviver à tempestade que tinha passado nas nossas vidas.

Uma tempestade feia, que nunca achámos que fosse possível...mas foi com algum alívio que soubemos tão depressa que ambos não olhavamos o céu sozinhos, a queda foi grande, mas as nossas palavras ainda maiores.

Tudo tão depressa...quando dei por mim estava à espera, espera estranha, que eu não queria admitir que pudessem ser cócegas na barriga...pensei que estivesse ainda no passado, que não era longinquo e que não era merecedora daquilo tudo, daquela imensidão de cumplicidade, de sorrisos e às vezes lágrimas...Tudo tão depressa, nada fugaz...não senti em momento algum que ia acabar ali, ficar por ali. Porque de cada vez que falávamos, de cada vez que invertiamos mais ainda o dito normal processo de conhecimento tudo se tornava mais sincero, mais claro e tornava-se evidente a necessidade de próximos passos.

Foram chegando...cada um a seu tempo, no nosso tempo que sempre partilhámos, quase nenhum o tempo que precisávamos.

Um olhar bastou para perceber que a inversão não deixou de fazer cócegas.

Olhámos muito, vimos muito e não vimos nada...eu via o corneto de morango não comprado no café, e não apetecia comê-lo.

Veio um abraço a meu pedido, promessa nossa. Senti a tua fragilidade, a tua delicadeza...tudo o que já tinha sentido antes com o olhar, mas agora de uma forma mais palpável, ouvi o teu coração, ouvia o meu também...

Roubaste-me um beijo.

Não, não foi um roubo qualquer, não, não foi um beijo qualquer...foi mais um toque de lábios que fez esquecer aos dois onde estávamos e até porque estávamos.

Lembro-me da relva, ali sentados com o sol a aquecer as mãos geladas...lembro-me de muita coisa, mas adorei quando entraste e me beijaste com toda a naturalidade do mundo e eu fiquei a olhar para os lados..."Será?"

Podia não parar, e não apetece...mas o resto fica para nós os dois...resta a beleza com que ficámos juntos, resta a beleza daquilo que sabemos que o outro é e não é, resta a beleza que nos ilumina e nos junta...não há coincidências, agora o sei. Tu não és uma coincidência. Esta preserverança não é uma coincidência. Nós não somos uma coincidência. Nem seremos...