quinta-feira, 15 de junho de 2006

MAR


Sinto as ondas baterem na minha face
estão tão geladas, quando eu só precisava de calor
o vento…esse quase que leva o meu corpo
embala a minha alma e faz-me duvidar se quero enfim,
continuar…
Que aperto cá dentro, que sufoco, que agonia,
porque chorarei eu afinal?
Só queria parar, só gostava de ter forças para parar
de lutar e ir somente em frente, voar,
e desaparecer no luar…
A areia…a areia está-me a magoar! Tirem-na daqui!
agora! Já! Mas é tanta, tão imensa…e agora?
Como irei eu fugir dela?
Se tudo o que se depara à minha frente é somente
o infeliz deserto.
Eu não quero, não quero… continuar aqui…
Sozinha…no escuro, no frio…e com esta areia
Sempre a incomodar-me, sempre a magoar-me…
Que nem as ondas limpam
Que nem o vento leva
Que só o sol a secaria, só o sol a derrubaria…

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