domingo, 25 de junho de 2006

PELA NOITE DENTRO


Ontem à noite apercebi-me o que uma simples falha de luz pode causar, para muitos um grande trantorno, acredito que plausivamente justificável, mas para outros tantos, para nós foi um grande alívio e a demonstracção mais clara que as pessoas têm muito mais a dar de si, apenas não o fazem porque às tantas não têm espaço.
Mudámos de bar porque a conversa caía invariavelmente no "apagão", e o som da música perturbante que nos entra nos ouvidos estava-nos de certa maneira a fazer falta, naquele espaço, com os hábitos a ele inerentes pareceria no minimo estranho não haver reacções adversas e felizmente as ouve.
Os candeeiros todos estilizados deram lugar a velas de segunda, mas que souberam dar um ambiente de primeira, a música aos altos berros por sua vez deu lugar a uma guitarra acústica e a diversas vozes que se foram juntando ao longo da noite, entoando melodias que ninguém gosta, ou que ninguém aceita gostar!Qual house qual quê!Venha o Sérgio Godinho e afins, porque no fundo são essas que nos unem, e que nos fazem recuar a tempos passados, que nos provocam nostalgia, mas acima de tudo uma grande afinidade com qualquer estranho que ali estivesse, já bastante bem "bebido", as posições ditas correctas para se estar num café depressa se alteraram, depressa nos sentimos em casa, no nosso conforto, onde esticamos as pernas onde calha e nos espreguiçamos com toda a convicção sem medo de fazer aquela cara feia ao bocejar!
São estas as pessoas a que gosto de chamar de pessoas...Resta saber se são precisas todas estas condicionantes para nos vermos com olhos de ver.

1 comentário:

Anónimo disse...

lendo um texto assim, só apetece recuar no tempo e viver sem electricidade! menos candeeiros mais velas, menos televisão mais concívio. boa sorte para o teu blog