domingo, 2 de julho de 2006

AMAR ADENTRO


Ficou dentro de mim a necessidade de morrer para viver, para viver melhor, não mais...A certeza de que viver é um direito e não uma obrigação...Só os cobardes acham que não podem fazer nada às suas vidas para as mudar, podem fazer tanto, podem mesmo desistir de as viver, mas com dignidade, com a dignidade de perdurar apenas o tempo em que temos algo para dar, algo para ti, para aquele que sabemos valer a pena.
Que sensação fabulosa de liberdade me invade ao pensar no livre-arbítrio de cada um de nós, fingimos não possuir liberdade, para que seja esta que nos comande, para que seja esta a decidir por nós e ainda nos damos ao luxo de não gostar do que nos cai do céu, enquanto sentados esperamos que um dia tudo mude.
Ainda existem pessoas que sentadas conseguem mudar o seu destino, apenas com a força da alma, que lutam mais pela vida ao desejar a morte do que muitos que fogem dela como se não tivessem nascido, mas não conseguem nem por minutos vivê-la, amá-la.
É com tristeza que olho para o olhar dos olhos dos outros e não vejo para além da côr...vejo vazio...é bonita mas não alimenta a alma...Só quando perdemos verdadeiramente conseguimos rir para não chorar, só aí sabemos pensar, só aí saberemos viver, quando já não o pudermos mais...
É um filme comovente..."Mar Adentro".

3 comentários:

Anónimo disse...

O filme é brilhante e a história comovente! Mais uma vez, os nossos vizinhos peninsulares deram-nos uma lição de como fazer cinema, sem precisar de recorrer a orçamentos hollywoodescos ou versões hardcore da literatura nacional.
Mais: o tema da eutanásia é excepcionalmente apresentado (em todas as suas vertentes), e ninguém é deixado de fora: tribunais, Igreja e opinião pública, todos aparecem no filme, lançando madeira na já acessa discussão.
Deveremos ter a liberdade para escolher entre a vida e a morte? É claro que sim.

João Leite Duque disse...

Olá ritanery,
Aceito os teus comentários,
até porque a liberdade de expressão é para todos...
Vai daí que já te linkei no meu cantinho,com calma vou te lendo e comentando,pois meu tempo é escassso nos dias de hoje...
Em relação ao teu comentário no meu blog,não me escondo numa "carapaça"
simplesmente separo a minha vida real da minha vida,chamemos lhe assim "fantasiada" que aqui se vive,
digam me o que disserem,este mundo aqui é uma espécie de fuga,diário e pensamentos com o prepósito de serem comentados por outros, no meu caso,
tento não fazer misturas,apenas escrevo de alma e coração,não me centrado apenas num tema mas em vários,talvez com o tempo siga o teu conselho e me liberte mais na escrita,cada qual é como é :)

Desconheço o filme,
mas amar verdadeiramente,
nunca é demais,
Por isso é que acredito num só amor,
e não em vários...
Gostei das tuas palavras,
fazem nos reflectir sobre certos aspectos na vida...
Boa sorte para o blogue :)
Espero vir cá mais vezes :)

Um beijo ritanery :)
tem uma boa 2ªfeira :)

orianah disse...

O filme é fabuloso!
Fui vê-lo ao cinema e chorei copiosamente. Fiquei tão emocionada que não voltei a ter coragem de ver o filme de novo, porque sei que se o rever, vou andar a chorar 3 dias!