É com bastante perplexidade que olho para a televisão portuguesa, penso que seria tema a debater durante anos, não umas horas, dias ou meses não bastavam.
Nem tudo é mau, nem tudo é de baixissima qualidade, nem se pode tirar o mérito àqueles que trabalham, mesmo que, desculpem a dureza, em vão...Porque não é apenas preciso gostar de fazer televisão, para se fazer boa televisão, muito embora este seja um dos requisitos mais importantes, só pode! São muitos os requisitos que são exigidos, mas à partida há imensas pessoas fora deste panorama, aparentemente maravilhoso, ou porque não devem nada à beleza (existem pessoas feias, não me venham com falsas hipocrisias de que existe sempre algo de bonito...às vezes não existe mesmo, custa assim tanto a crer?), ou então porque não tiveram a cunha certa, ou melhor, não dormiram com a pessoa mais indicada, mas é uma questão de se ir tentando, e vai-se vivendo nem que não seja à custa de escandâlos (que não me deixam dormir...) que fazem o doce e a ternura das revistas fantásticas que nós por cá consumimos.
Este discurso, parece de uma pessoa que acabou de fazer um casting qualquer e que por motivos que não quer aceitar não foi a escolhida, e então toca a falar mal.
Não, não foi esse o caso, não fiz casting nenhum, nem farei enquanto as ofertas, e não falo de dinheiro, forem tão desprezíveis como até então o são. Enquanto houver comida na mesa, pode-se manter a dignidade, porque no país onde vivemos, mesmo que nasçamos com ela será absolutamente indispensável perdê-la, é a lei da sobrevivência.
Temos aí uma nova novela, ou série, não se sabe bem distinguir: "Jura", que dizem os nossos conhecidos da televisão, ser uma novidade em Portugal, o que discordo absolutamente, ordinarices já existem desde que me conheço, de púdica não tenho absolutamente nada, portanto não é por aí...o que os portugueses ainda não perceberam é que para mostrar sexo ao vivo e a cores, não precisam necessáriamente de esquecer todo o resto, o resto da novela, o resto da história, ou então que se assumam como actores de uma série eróctica a roçar a pornografia, já teria mais sentido.
Dá-me a sensação que todas as falas foram pensadas para um desfecho único: sexo, ou seja este não surge naturalmente, é com toda a certeza a base... Mete-me pena, aliás vergonha, "ver-nos" a fazer estas tristes figuras, gostaria de apelar à imitação, e não uma imitação com significativas readaptações, uma imitação integral.
Há uns tempos atrás quisemos ser rebeldes, e mostrar ao "mundo" que também discutimos, que também temos problemas, que as controvérsias da vida tocam a todos, nada melhor que o "Amo-te Teresa", uma óptima, linda, fantática curta metragem!Mais uma vez a história não interessa, o que interessa é demonstrar que não somos um povo conservador, pelo contrário evoluímos, portanto toca a dizer palavras como merda, puta, foda-se e caralho em televisão!Rebeldia no seu melhor, não acham?
Para culminar, não me contenho e tenho de focar a série mais educativa e didáctica de todos os tempos: "Morangos com Açucar", onde se aprende a melhor forma de mentir aos pais, como engatar e ir para a cama com um(a) míudo(a), as mais diversas maneiras de trair e estão incluidos amigos, como fazer uma sandes de erva, como apanhar uma valente piela...isto tudo até poderia passar por ficção na cabeça dos pobres adolescentes, se não fossem os media a confirmar que na realidade as personagens até são bastante levezinhas tendo em conta a realidade de cada um...atropelamento e fuga, anorexia nervosa, consumo de drogas, conduzir embriagado...
É, os portugueses são assim. Sofregos por mostrar tudo o que sabem naquele preciso momento, não sabem dosear, nem têm senso suficiente para admitir os seus próprios fracassos.
Televisão portuguesa?É uma mentira...só de pensar em como as pessoas se atropelam e nas vias fáceis pelas quais chegam ao topo, mais de cinquenta por cento da população interessada em seguir esta vida, irá apostar na formação?
"Deixa-me rir..."Bela música esta...
Nem tudo é mau, nem tudo é de baixissima qualidade, nem se pode tirar o mérito àqueles que trabalham, mesmo que, desculpem a dureza, em vão...Porque não é apenas preciso gostar de fazer televisão, para se fazer boa televisão, muito embora este seja um dos requisitos mais importantes, só pode! São muitos os requisitos que são exigidos, mas à partida há imensas pessoas fora deste panorama, aparentemente maravilhoso, ou porque não devem nada à beleza (existem pessoas feias, não me venham com falsas hipocrisias de que existe sempre algo de bonito...às vezes não existe mesmo, custa assim tanto a crer?), ou então porque não tiveram a cunha certa, ou melhor, não dormiram com a pessoa mais indicada, mas é uma questão de se ir tentando, e vai-se vivendo nem que não seja à custa de escandâlos (que não me deixam dormir...) que fazem o doce e a ternura das revistas fantásticas que nós por cá consumimos.
Este discurso, parece de uma pessoa que acabou de fazer um casting qualquer e que por motivos que não quer aceitar não foi a escolhida, e então toca a falar mal.
Não, não foi esse o caso, não fiz casting nenhum, nem farei enquanto as ofertas, e não falo de dinheiro, forem tão desprezíveis como até então o são. Enquanto houver comida na mesa, pode-se manter a dignidade, porque no país onde vivemos, mesmo que nasçamos com ela será absolutamente indispensável perdê-la, é a lei da sobrevivência.
Temos aí uma nova novela, ou série, não se sabe bem distinguir: "Jura", que dizem os nossos conhecidos da televisão, ser uma novidade em Portugal, o que discordo absolutamente, ordinarices já existem desde que me conheço, de púdica não tenho absolutamente nada, portanto não é por aí...o que os portugueses ainda não perceberam é que para mostrar sexo ao vivo e a cores, não precisam necessáriamente de esquecer todo o resto, o resto da novela, o resto da história, ou então que se assumam como actores de uma série eróctica a roçar a pornografia, já teria mais sentido.
Dá-me a sensação que todas as falas foram pensadas para um desfecho único: sexo, ou seja este não surge naturalmente, é com toda a certeza a base... Mete-me pena, aliás vergonha, "ver-nos" a fazer estas tristes figuras, gostaria de apelar à imitação, e não uma imitação com significativas readaptações, uma imitação integral.
Há uns tempos atrás quisemos ser rebeldes, e mostrar ao "mundo" que também discutimos, que também temos problemas, que as controvérsias da vida tocam a todos, nada melhor que o "Amo-te Teresa", uma óptima, linda, fantática curta metragem!Mais uma vez a história não interessa, o que interessa é demonstrar que não somos um povo conservador, pelo contrário evoluímos, portanto toca a dizer palavras como merda, puta, foda-se e caralho em televisão!Rebeldia no seu melhor, não acham?
Para culminar, não me contenho e tenho de focar a série mais educativa e didáctica de todos os tempos: "Morangos com Açucar", onde se aprende a melhor forma de mentir aos pais, como engatar e ir para a cama com um(a) míudo(a), as mais diversas maneiras de trair e estão incluidos amigos, como fazer uma sandes de erva, como apanhar uma valente piela...isto tudo até poderia passar por ficção na cabeça dos pobres adolescentes, se não fossem os media a confirmar que na realidade as personagens até são bastante levezinhas tendo em conta a realidade de cada um...atropelamento e fuga, anorexia nervosa, consumo de drogas, conduzir embriagado...
É, os portugueses são assim. Sofregos por mostrar tudo o que sabem naquele preciso momento, não sabem dosear, nem têm senso suficiente para admitir os seus próprios fracassos.
Televisão portuguesa?É uma mentira...só de pensar em como as pessoas se atropelam e nas vias fáceis pelas quais chegam ao topo, mais de cinquenta por cento da população interessada em seguir esta vida, irá apostar na formação?
"Deixa-me rir..."Bela música esta...
7 comentários:
Felizmente ainda vão existindo alguns oásis neste de deserto de medicroidade, refiro-me, por exemplo ao programa "Por outro lado" mas á mais, seguramente.
O que acontence neste planeta, tal como no da politica, quem chega ao topo não são os mais capazes mas aqueles que melhor mentiram e entrigas lançaram.
Pois é, todos criticam a televisão portuguesa mas, ainda assim, não há quem não tenha visto e revisto o Big Brother, a Floribela, os Morangos e a Soraia Chaves.
Ninguém gosta do lixo televisivo, mas o certo é que os D’Zrts venderam mais do que o Rui Veloso e o Zé Cabra juntos!
Também não há ninguém, mas absolutamente ninguém, que goste de ordinarices em vez de argumentos cinematográficos inteligentes e cativantes. Porém, e apenas por um mero acaso, um par de seios (bastante profissionais, por sinal) bastou para que o filme “O Crime do Padre Amaro” se tornasse no mais lucrativo projecto português de sempre!
Conclusão: os canais televisivos portugueses só passam aquilo que o grande público quer ver. Logo, se eles são uma valente cagada, isso quer dizer que na, generalidade, os portugueses… bom, já perceberam a ideia.
Quanto aos oásis no meio do deserto de MEDIOCRIDADE (e não medicroidade), é claro que seguramente ainda HÁ (e não á) alguns! Mas se toda a gente começar a escrever entrigas em vez de INTRIGAS, duvido que os homens da POLÍTICA (e não politica) façam alguma coisa para nos ajudar…
Caro Ruben;
Herrare é o mano.
Obrigado na mesma.
Longe vão os tempos do "Verão Azul" (ainda sei assobiar aquela música melodiosa e ingénua), da electrizante "Fame" ou do empolgante "Shaka Zulu"!...
A partir daí, foi sempre a descer e o panorama telivisivo português tornou-se mesmo desolador. Salve-se a Sic Notícias e o Canal História.
Como diria o sempre iluminado Woody Allen: " A arte não imita a vida, imita a má televisão"!!
Beijinhos amiga!
Mary
Caro José, herrare está mal escrito :)
Espero que não tenhas levado a mal, porque só me estava a meter contigo! Abraço
Continua amiga nery...gostei de te ler..blog serio..mas há mais
queria fazer um reparo... Amo-te Teresa não é uma curta metragem...é uma longa metragem...
Quanto ao post... concordo plenamente contigo... mas infelizmente é o que o pessoal gosta...
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