sexta-feira, 21 de março de 2008

A CIDADE DOS ANJOS


Andava a ver imagens, não procurava nenhuma em especial...encontrei esta...e parei, parei e revi o filme mentalmente minuto a minuto. E cheguei a uma conclusão, a óbvia do filme, mas vi para além desse óbvio, para além de um romance, para além de um amor impossível. Simplesmente vi...
Vi que na vida há momentos de desencontro total, pleno entre duas pessoas, entre o amor. Momentos que estranhamos pelas diferentes necessidades que de um momento para o outro nos surgem e achamos não poder conciliar com o amor. O amor é tão mais do que uma fase, é tão mais do que uma necessidade.
No amor e na vida, o que mais me entristece são os momentos em que mesmo que quisessemos alterar não tinhamos nada a fazer, não dependem de nós. Há realmente coisas que não estão nas nossas mãos, que não dependem de nós, eventualmente podemos ajudar, contribuir...não são imprevistos, os imprevistos são bastante previsíveis, por vezes nós é que não os queremos ver...são simplesmente mundos diferentes, paralelos que não têm como se colar, como se fundir.
Ele largou tudo por um amor, mudou a sua condição de vida e tudo o que a ela lhe estava inerente, ele lutou.
Foram felizes, estavam felizes.
Ela morreu, adoptou a condição de vida dele.
Ambos quiseram certamente voltar atrás no tempo, mas voltar atrás no tempo é impossível.
Ela quis morrer?
A decisão dele foi fácil?
Foi por falta de amor que se separaram?
O amor é tudo? É.
O destino é mais do que tudo? Definitivamente.

1 comentário:

zé pinho disse...

apenas para te dizer: não consigo comentar este post de uma maneira coerente e sem mágoa...

um destes dias desafiavas-me a ler textos em voz alta... não necessito de o fazer para ficar melancolica e estupidamente infeliz...

este filme marcou amplamente a minha relação, que como já deves saber, foi um conto de fadas de uma década... 10 anos de relação que terminou num click... num puffff...

ainda é algo que não entendo e, por vezes quero ter forças, para não tentar entender...

quero libertar-me desta ancora que me prende no fundo do oceano...